O que descobrimos
- Elevadores são ambientes de alto risco para a contaminação pela covid-19
- A orientação dos especialistas é evitar ao máximo o uso. Escadas são um excelente exercício para tempos de confinamento.
- Se precisar usar elevador, que seja sozinho. Se não for possível, só embarque se puder ficar a pelo menos um metro das demais pessoas.
“O elevador é uma caixinha potencialmente contaminada.” A frase do otorrino Alexandre Hamam sintetiza bem os cuidados que devemos ter ao utilizar esse espaço confinado.
Aliás, a primeira orientação é justamente evitar o uso de elevadores. Ir pelas escadas é mais seguro e saudável – trata-se de uma ótima opção para praticar exercícios físicos durante o confinamento.
Em locais onde há a opção de utilizar rampas – supermercados, por exemplo –, deve-se dar preferência a elas. “O raciocínio é simples: quanto mais reduzido e fechado é o ambiente, com menor circulação de ar, maior é o risco. Assim, o elevador sempre leva desvantagem em qualquer comparação”, diz Hamam.
Só toque no essencial
Devemos evitar o uso do elevador, mas, e nas ocasiões em que não conseguimos escapar dessa necessidade?
A primeira regra é tocar apenas no essencialmente necessário – o botão do andar de destino. A Otis, uma das maiores fabricantes de elevadores, recomenda que se use um lenço de papel para isso.
Deve-se, também, evitar encostar nas paredes e nas barras. Se estiver carregando algo, não soltar no chão. Ao sair do elevador, é importante limpar as mãos com álcool em gel.
Limpeza constante
A rotina de limpeza dos elevadores é muito importante para reduzir os riscos de contaminação. Pode ser feita com água sanitária e limpadores multiuso, de preferência várias vezes por dia.
De acordo com manual distribuído pela Otis aos condomínios e empresas proprietários do equipamento, não basta limpar apenas o painel dos botões. Tudo dentro do elevador – corrimões, paredes, espelhos, teto, chão – deve ser higienizado com o máximo de cuidado e frequência.
Por conta do coronavírus, a empresa reduziu a circulação de seus funcionários às situações essenciais. “Eles permanecem realizando reparos emergenciais conforme permitido pelos requisitos e normas governamentais aplicáveis”, comunicou a empresa.
Um passageiro por vez
Não há localização mais segura dentro do elevador quando o local estiver sendo compartilhado com mais gente – tanto faz ficar no fundo ou na frente, portanto.
O essencial é manter distância de pelo menos um metro para os outros passageiros. Para a maioria dos elevadores, isso significa, no máximo, três pessoas posicionadas como se estivessem nas pontas de um triângulo.
Em locais de pouco movimento, como condomínios residenciais, é de bom senso – e bom tom – não entrar no elevador quando já há alguém dentro dele. Muitos condomínios até já oficializaram essa regra, determinando que o uso deve ser limitado a uma pessoa por vez, exceto em casos de pessoas que vivem no mesmo apartamento.
Gentileza e saúde
A pandemia exige a atualização da “etiqueta do elevador”. São regras de bom convívio que já deveriam ser seguidas por todos, e agora se tornam não apenas demonstrações de boa educação, mas práticas em prol da saúde coletiva.
Uma dessas regras é: primeiro saem as pessoas, depois entram os novos passageiros. Nas atuais circunstâncias, é muito importante que essa sequência seja obedecida e realizada com o máximo de calma e distância entre quem entra e quem sai.
Pessoas idosas ou com dificuldade de locomoção, além de mães ou pais com crianças de colo, devem ter total preferência no uso do elevador.
Outra atitude respeitosa é não falar ao celular dentro do elevador. Se já era algo desagradável, agora é uma exigência contra a disseminação do coronavírus.
Aliás, o momento exige que qualquer conversa dentro do elevador seja simplesmente abolida. Nada de falar sobre o clima para quebrar o gelo. Cumprimentos podem ser gentilmente feitos com um gesto de cabeça e um leve sorriso.
Máscaras ajudam
Muitas vezes, o elevador é apenas o meio de transporte entre dois locais protegidos. O carro e a casa, por exemplo. Por isso, principalmente na volta para casa, é fundamental tomar todos os cuidados de higienização com as mãos, as roupas e os objetos.
Aliás, o ideal mesmo é sempre tomar um bom banho e trocar de roupas quando se vem da rua, mesmo que tenha sido apenas para buscar uma encomenda na portaria do prédio.
Hamam, que vem se empenhando em divulgar informações de proteção ao covid-19, aconselha o uso de máscaras sempre que se vai entrar em um elevador. “Não dá para saber se quem acabou de sair estava contaminado”, ele diz.
No que diz respeito ao uso da máscara, nunca é demais lembrar que a parte externa jamais deve ser tocada, pois é a área potencialmente contaminada. “Ao retirar a máscara, deve-se fazê-lo pela parte de trás, dobrando-a ao meio, com a parte externa para dentro. O descarte deve ser em lixo orgânico, pois não é um material que pode ser reciclado”, ensina o médico.
FONTE: https://6minutos.com.br/economia/a-nova-etiqueta-do-elevador-o-que-voce-deve-saber-antes-de-entrar-em-um/
FONTE: https://6minutos.com.br/economia/a-nova-etiqueta-do-elevador-o-que-voce-deve-saber-antes-de-entrar-em-um/