O gás natural encanado ficará mais barato para o consumidor a partir de 1º de maio. A Petrobras anunciou uma redução de 8,1% no valor do produto repassado para as distribuidoras.
Segundo a Companhia de Gás no Espírito Santo (ES Gás), são cerca de 75 mil usuários no Espírito Santo que serão beneficiados. A redução para o consumidor final ainda não foi informada pela companhia, arrematada recentemente em leilão de privatização.
A assessoria da empresa informou que as informações exatas seriam divulgadas nos próximos dias e que haverá definição de uma nova tabela de tarifas. Com essa atualização, o preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras acumulará redução em torno de 19% no ano.
Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
Durante o trimestre em referência a fevereiro, março e abril, o petróleo teve queda de cerca de 8,7% no período, e o real teve uma valorização de 1,1% frente ao dólar.
A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens e, no caso do Gás Natural Veicular (GNV), dos postos de revenda e pelos tributos federais e estaduais.
Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. Além de abastecer diversos carros, condomínios e cozinhas industriais,
o gás natural também é fonte de energia para vários setores da indústria.
BOTIJÃO CONTINUA COM MESMO PREÇO
A Petrobras ressaltou, em comunicado, que a atualização anunciada para o mês de maio não se refere ao preço do gás de cozinha (GLP), envasado em botijões ou vendido a granel.
Pelo gás natural e pelo gás de cozinha serem elementos diferentes, as políticas de precificação e os contratos também são diferentes, disse o economista Ricardo Paixão.
“Essa previsão legal é bem diferente do que acontece no GLP, que é o gás de cozinha, por isso que ele não está sendo contemplado neste momento. Não é que a população esteja sendo prejudicada, a questão é que são previsões legais. Vamos aguardar. A gente não sabe se daqui pra frente, porventura, pode sofrer, mas neste momento ele não deve sofrer redução”, afirmou Paixão.